Chamo o meu Filho e relembro-o: esta revolução pela Liberdade foi-te oferecida. Cuida-a e deixa-a aos teus para que não seja, jamais, necessário fazer outra. São 51 anos de um Abril que ainda se cumpre. Não era nascida quando se fez.

Gosto de deixar que me atravessem e tomem a minha voz. Ajudam-me a dar sentido ao caminho e a tecer a direcção. Assim, com todo o coração, as ofereço das minhas mãos às vossas, para que sigam na sua peregrinação que nos abraça e transforma.
Chamo o meu Filho e relembro-o: esta revolução pela Liberdade foi-te oferecida. Cuida-a e deixa-a aos teus para que não seja, jamais, necessário fazer outra. São 51 anos de um Abril que ainda se cumpre. Não era nascida quando se fez.
O tempo da intenção não é necessariamente o tempo da fisiologia.
O corpo tem um tempo seu, orgânico, variável e que não deve obediência ao pensamento.
Com o orvalho da manhã abrem as violetas, púrpuras e brancas dos braços da Alvorada.
Abrimos as janelas e o granito da casa ilumina-se. Em todos os lugares a brisa fresca abre caminho e renova.
Se rasgamos a carne dos ossos, que seja para aprender a cantar, orar aos ossos e soprar-lhes assim renovada Vida.
Partilho algumas estratégias simples de regulação nervosa, que podem não funcionar para toda a gente, mas que são uma forma de abrir caminho a que o nosso sistema nervoso se oriente e sinta amparo.
Ela é a Mãe de todas as Bruxas, Magas, e como parteira é invisível mas de presença essencial.
Ela é a Mãe da Mãe.
Ela não tem outro credo ou religião que não a cura e o fazer melhor como oração maior.
Ela concebe sozinha em relação, com a força brutal da erva daninha em comunhão com o chão.
Ela concebe como a neve, que é densa, que é fina, que é pesada, que é leve.
Ela vem com ossos, os ossos são cantos, ecos, silêncios.
Ela vem sem ser convidada.
Traz a foice que rasga e arranca.
Quantos movimentos tem a foice?
A Boa Morte.
Essa que nos transforma em vida sem elogio à individualidade mas sempre honrando a integração no todo.
A Morte que nos devolve, enquanto gotas, ao oceano.
Parece que nos dançam nos ossos, as vozes de quem se perdeu. A perda é violenta pelo que foi. Mas ainda mais violenta se torna quando não pode ter memória e nome.
Sou Mulher, Mãe, Mamífera, neuro-diversa e altamente sensível.
O meu trabalho é o entrelaçamento vivo de animismo, corpo, herbalismo e terapia.
Actuo enquanto Terapeuta de trauma e doula, especializada em saúde feminina, trauma gestacional, de parto, pós parto, maternidade, perda e interrupção gestacional, trauma transgeracional, alta sensibilidade e neuro-diversidade. Educadora eco-somática, de dança ancestral ritual, animismo e paganismo Ibérico, centrado no culto das Senhoras enquanto Natureza Selvagem. Herbalista especializada em saúde da Mulher, cozinha medicinal, tradições populares, eco-mitologia e culto pagão das plantas. Investigadora voraz, criadora ardente, facilitadora e autora no compromisso do cuidado ao sensível e ao profundo. Curiosa e devota dos caminhos vivos que mapeiam o chão e a alma.
Aqui, é seguro e sereno sentir cada palavra de forma íntima e única, levar connosco os pedaços relevantes e deixar os que não o são.
Aqui encontras cursos que convidam à reflexão activa e comprometida sobre a nossa relação com a Terra-Alma.
Estas são compilações de sentires e saberes para levares contigo, que te sejam sementes férteis e nutridoras.
Por vezes brotam de mim palavras.
Com todo o coração as ofereço para que sigam na sua peregrinação.